domingo, 12 de outubro de 2008

QUEM VAI PAGAR A CONTA?

Salvador Sícoli Filho - 20/09/09

"Não há almoço grátis" é uma frase capitalista criada por Tio Sam e agora o governo Bush fecha com chave de fenda e super bonder o esquife do "american way of life".

Humilhado, o arrogante ainda vai emitir dinheiro para passar aos incautos estrangeiros pilotados pela China, Emirados, Ásia e Europa e até os sudamericanos chefiados por Chávez que, palavras ao vento, se encastelaram nos Treasuries e nos dólares voláteis dos milhões de derivativos criados com base nos toxic papers sem controle.

US$ 700 bilhões?! É pouco?
Que sejam Trilhões, não importa.
Ainda há quem acredite que o defunto está vivo.
Então que se emita e se encontre otários.

Tudo para sustentar o monumental déficit americano que há décadas passa incólume aos olhos do mundo, extasiado pelo marketing de vaudeville criado pelos temerários bancos americanos. Impávidos colossos que fizeram escola mundo afora.
Não bastou o exemplo de 1997 quando o vendaval transformou em pó o sistema bancário japonês.

Sinais lançados e ignorados há quase dois anos.

Alertas ignorados pelo mundo afora.

A China em dilema vê agora o smelt-down da Bolsa de Shangai que em menos de um ano perdeu 70% do valor. Noviços investidores rodopiando como zumbis se escondem nas encostas e escarpas em ereção do ninho dos pássaros, enquanto o regime trocava exportação franqueada, por yuan impassível, e aplicações internas pela farra de títulos e instrumentos financeiros criados pela magia dos Copperfields dos gigantes de pés de barro que começaram a desmoronar do outro lado do mundo.

Quem vai pagar a conta?

Ela será dependurada para que as gerações futuras se esmerem na inventividade e, sobretudo, na vergonha pela barafunda promíscua e descontrolada edificada para ruir e que levou a honra americana afobada para apagar as chamas do 11 de setembro de 2001 a instituir o crédito fácil para clientes de renda incerta, juros baixos sujeitos a controvérsias e o culto à exuberância irracional de Alan Greenspan e sua pasta mágica pelas calçadas de Wall Street.

Com a reconstrução assentada em cima da quimera de esquecer seus déficits, suas mazelas, suas precariedades e erigir um falso sistema de dar aos sem lastro a falsa sensação de propriedade, o governo americano de Bush erigiu o mais fantástico castelo de areia do planeta.

Crédito farto aos desassistidos, lastreados em instrumentos sem controle que se propagaram pelo mundo, parecem cenas de país subdesenvolvido.

Mas aconteceram impune e impudentemente com a quase extinta e embalsamada ex-maior economia do planeta.

God save América!

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