domingo, 21 de março de 2010

CARTA DE INVESTIDOR

Comunicado Petrobras: Divulgação do Resultado do 4º Trimestre e do exercício de 2009 - BR GAAP
Sábado, 20 de Março de 2010 21:37
De:
"Salvador Sicoli"
Para:
"Alessandro Sicoli"
Prezados,

Aproveito uma indisposição não localizada que me impediu de subir às montanhas para fazer minha meditação no fim de semana, para relembrar os tempos em que a minha terapia era escrever artigos econômicos ou políticos.

Eu era feliz e não sabia.

Agora sobram problemas e falta tempo.

Meu email particular tem 3863 mensagens não abertas de gente ilustre, não tão ilustre e centenas de emails com notícias de empresas e do mercado.

Vou falar sobre este email recém recebido da Petrobras que ainda me insiste de tratar de Sr e Sra.

Adiado desde fevereiro por causa de compromissos eleitorais , aliás ilegais da aguerrilheira dona Dilma - presidente do conselho da Petrobras - da qual tiramos o acento pois a empresa pagou uma baba para alguém que não fui eu adequá-la à nova ortografia, ou se tornar do mundo (sim a Petrobras vai perder o acento e vai, como o nosso presidente correr o mundo e, também a propósito, a Dona Dilma vai perder assento já aí com "s" passando para o genovês Mantega a bem remunerada presidência do Conselho da PETRO - a tradicional ação entre amigos de ex pobres militantes)

Mas falando sério, o resultado saiu nesta sexta a noite depois de a Petrobras despencar no pregão. Que feio hein Gabrielli?

O resultado não foi de todo ruim levando-se em conta as estripulias que a atual direção petista vem imprimindo à empresa fortemente aparelhada com os ilustres e bem preparados diretores da mesma. Só falta colocar o Amorim - o Celso, - bem entendido família Amorim de Vitória? e sua filosofia arrogante de relações com o mundo e o negociador predileto da candidato eterno a membro da ONU). Como consegue produzir tanta estultice.

Volto à PETROBRAS:

Conseguiram arrranjar ainda um lucro de R$ 28,98 bi (R$ 3,30 por ação) ante R$ 32,99 bi em 2008 (R$ 3,76 por ação).

Alessandro e Brandoni,

Examinem o balanço completo e verifiquem como conseguiram essa proeza.
O benchmark são os nossos indicadores comumente usados. Me informem. Estão preparando para aprontar com a PETRO.

Confiram o capital circulante líquido que vinha minguando e deixando a empresa estrangulada a ponto de recorrer ao BNDEs que não aguenta mais um ano sem que tenha que recorrer a um artifício made in Argentina, ou seja , terá que buscar funding nas reservas. Reservas mal usadas que qualquer economista bem dotado vê menos os
do PT e lamentavelmente os do PSDB. (partido onde o único lúcido e opositor de verdade é o Fernando Henrique) O Serra não deixa o muro. Prefere agora subir na montanha.

Mas usar as reservas é assunto que Brandoni poderá conversar na próxima ida à Casa Rosada e se instruir com a bela Kirchner, a Cristina. Já pensou se o Meireles não concorda ¹?

Larguem a análise do EBITDA. Isto é indicador de MBA de financista novo desses que estão fazendo derivativos para ganhar comissão e deixar o mico para trouxas.
Já escrevi para Valor sobre a omissão da CVM com os target-forwards mas os bancos continuam fazendo com empresas menores e tem financeiro que ainda acredita.
Só que ao invés do dólar estão amarrando em CDI e Taxa SELIC - um desassombro!
O dólar não entra em cesta de moedas porque não é cesta, é lixo!
E se Valor achou impublicável talvez fosse porque poderia causar um risco sistêmico.
Risco sistêmico sempre foi desculpa para tudo Tão belo é o pretexto que foi usado em 2008 para extorquir dinheiro dos governos desenvolividos.
Quer dizer só os bancos podem fazer as estripulias impunemente.

A PETROBRAS vai ter que fazer uma capitalização gigantesca e não sei qual é a mágica. Aliás eu sei e é à imagem e semelhança do Mr. M, digo, X.

Voltando para o ameno


Aproveito para mandar as nossas 11 maiores aplicações este ano: eu disse aplicações, não indicações, que se a CVM me pega de novo vou ter de pedir nova recuperação judicial.
(cuidado com as Top Five é só para girar carteira de incautos e aumentar as operações e a corretagem. Mudar todo mês não dá.)

Aí vão de novo as ações com que iniciamos posicionados em janeiro de 2010:

- CEMIG on ( dobrou quase de tamanho com a compra da LIGTH e da TERNA, namora outras e ainda paga 50% do lucro líquido de dividendo estatutariamente - balanço sai dia 23/03)
- COELCE on (ENDESA está com a corda no pescoço na Espanha e quer vender - CEMIG de olho grande do Rolla e do Aécio) Hei, eu disse olho grande...
- COSERN on ( a mais esquecida e ignorado do mercado, pagou-nos R$ 2,00 de dividendos ao longo dos últimos meses contra um preço médio de R$ 8,00 - hoje está a R$ 10,00. È melhor do que qualquer CDBzinho de banco para quenão quer sofrer fortes emoções)
- ELETROBRAS on (o único papel barato na Bolsa, além da COSERN. Está a 30% do patrimônio e com um projeto de revitalização e novas práticas de governança)
- KLABIN pn (celulose vai arrebentar no preço este ano e deve atingir seu maior pico)
- SUZANO pnB ( idem, idem, só não dá para incluir a FIBRIA por motivos óbvios. O estrago do Zaguri foi mortal e se o BNDES acha que vai ter o seu de volta - ledo engano)
- BRASKEM on/pnA o lobby da ODEBRECHT ainda vai contemplar a PETROBRAS.
A ação está a R$ 12,00 e têm R$ 4.5 bi de aumento de capital com ações a R$ 14,40. Quem vai bancar? Os baianos? Talvez os da PETROBRAS.
- FOSFÉRTIL pn Com a VALE no comando vai deslanchar e aumentar produção. Está no menor nível de preço histórico. Não foi insider foi percepção. A próxima é a Paranapanema.
- FERTILIZANTES HERINGER pn (de Viana ES para o mundo). Saiu do golpe dos derivativos e a perspectiva do mercado é boa.
- CSN -está desdobrando em 100% as ações esta semana e deve ir à forra este ano.
- USIMINAS entra no lugar da GERDAU por causa do endividamento desta feita nas mega aquisições nos USA cujo mercado deverá continuar muito ruim.

e completando o time no banco de reservas as tradicionais VALE e PETROBRAS para operações curtas.

Não se aventurem com as empresas X do Magic Eike. Estão todos supervaliadas graças à bolha criada principalmente pelo Credit Suisse e pelo JP Morgan e do Deustch.
Os europeus querem ganhar aqui o que perderam lá fora. Estão especulando mais que cassino em Las Vegas e em Dubai. Uma OGX com 29 cartas exploração da ANP, solta um comunicado de dscoberta de óleo por dia, chegou a valer US$ 38 bilhões - maior que CEMIG, ELETROBRAS, CSN, um despudor e o Mr.Magic chegou a 8º mais rico do mundo.

Ano que vem espero que retorne aos 266º e já é muito. E muito brilhante, não tenho dúvida, Luma!

Mas vejam a notícia da PETROBRAS que é muito mais importante, não acham!

Saudações,

Salvador Sícoli Filho

INFORME PETROBRAS

SALSIFI INVESTMENTS


21/03/2010
INFORME PETROBRAS


Em sex, 19/3/10, Alerta RI Petrobras escreveu:


De: Alerta RI Petrobras
Assunto: Comunicado Petrobras: Divulgação do Resultado do 4º Trimestre e do exercício de 2009 - BR GAAP
Para: "Salvador Sícoli Filho"
Data: Sexta-feira, 19 de Março de 2010, 19:31



Prezado(a) Sr/Sra Salvador Sícoli Filho,

Lucro Líquido de R$ 28,98 bilhões em 2009





Rio de Janeiro, 19 de março, 2010 – Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras, divulga os resultados consolidados do quarto trimestre de 2009 (4T09) e do exercício de 2009, segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil.


Lucro Líquido por segmento (R$ milhões) 1
Segmentos(1) 2009 2008
Exploração &Produção 19.601 37.617
Abastecimento 13.331 (3.611)
Outros Segmentos(2) 1.948 (941)


(1) Inclui transações inter-segmentos que são eliminadas para cálculo do lucro da Companhia
(2) Não considera Segmento Corporativo

O excelente resultado operacional também pode ser verificado no aumento da geração de caixa operacional, medida pelo EBITDA, que atingiu R$ 59,9 bilhões em 2009 contra R$ 57,2 bilhões verificados em 2008. A forte geração de caixa e as captações efetuadas ao longo do ano financiaram investimentos de R$ 70,8 bilhões em 2009, sendo a maior parte destinada ao segmento de E&P (aproximadamente 45%).

A Companhia está propondo dividendos no valor de R$8,3 bilhões aos seus acionistas, o que representa 30,5% do lucro básico de 2009 e R$ 0,95 por ação. Vale ressaltar que R$ 7,2 bilhões já foram antecipados aos acionistas ao longo de 2009 na forma de juros sobre capital próprio.

Acesse abaixo os Relatórios com as informações completas sobre o resultado do trimestre e convite para teleconferência e webcast a serem realizados no dia 24 de março de 2010.



Em 2009, o lucro líquido foi de R$ 28,98 bilhões (R$ 3,30 por ação), face ao lucro de R$ 32,99 bilhões apresentado em 2008 (R$ 3,76 por ação). O lucro operacional aumentou de R$ 45,9 bilhões em 2008 para R$ 46,2 bilhões em 2009, apesar do cenário de queda dos preços do petróleo e derivados e desaceleração da economia em 2009, contribuindo para a melhora da margem operacional (lucro operacional/receita operacional líquida), que alcançou o patamar de 25%



O bom resultado foi reflexo da redução de custos em proporção superior à queda da receita, e manutenção das despesas operacionais. Contribuiu também para este resultado o aumento das exportações líquidas em função do aumento da produção, da redução da importação de diesel e da redução da diferença de preço entre o petróleo produzido e o petróleo tipo Brent. Apesar disto, o lucro líquido foi influenciado negativamente pela variação cambial. A combinação entre aumento dos passivos em dólar e queda da taxa de câmbio ao longo do ano afetou negativamente o resultado financeiro.



No resultado segmentado, a queda do preço do petróleo influenciou o resultado do segmento de Exploração e Produção, apesar do aumento da produção verificada no ano, que alcançou a média de 2.525 mil barris de óleo equivalente ao dia. Porém, a posição integrada da Companhia propiciou um bom resultado no segmento Abastecimento, apesar da redução efetuada nos preços da gasolina e diesel em 2009.

Sobre artigo de Márcio Garcia em Valor

TANGENCIANDO AS QUESTÕES– Húmus para o segundo tempo da crise

Giuseppe Brandoni/ Salvador Sícoli Filho – 14/03/10

Quando dois economistas discutem, há pelo menos três opiniões distintas! Sói,com sorte acontece de alguma delas ser factível.

Algumas observações se impõem em quanto ao alentado e neologístico título do artigo de Márcio Garcia “Húbris pós crise” em Valor de 13/03/10.

Ressalvadas as restrições do Aurélio devem ser ressaltadas as verdades absolutas em quanto aos tradicionais e bem regados cochilos do inebriante governo atual. Medidas contracíclicas emergenciais se tornaram práticas rotineiras e sem se ter uma rota de fuga, vamos enveredando no labirinto urdido pelos interesses eleitoreiros do governo.

O articulista surpreende e posiciona bem tais riscos.

É patente, nítido e insofismável no entanto que, graças à proteção excessiva que todos os governantes dedicam filialmente aos bancos, é que essas instituições não foram a pique aqui quando da monumental crise parida do sub-prime americano. Ou por que o UNIBANCO ligado a AIG e ao UBS teve de ser socorrido às pressas? A seguradora americana em coma e o tradicionalíssimo reduto dos caixa-dois dos milionários do mundo respirando por aparelhos. E qual o banco médio nacional não teve o guarda-chuvas protetor do magnânimo BNDES ou do super BB?

Veja-se que agora o lobby das casas bancárias semeia entre economistas e analistas a necessidade de aumentar de novo a taxa SELIC, ou seja, eles inventam e semeiam no ar a volta da inflação para que essa aconteça mesmo.

Filme antigo com novos atores. Na direção o poderoso banqueiro de Ignacius.

Quanto à crise, aliás, poderá voltar mais adiante, estou certo de que mais cedo do que se espera e com força redobrada. È só ver a situação da Europa, à mercê absolutamente dos passos da resoluta Angela Merckel. Hoje são os porcos na lama do endividamento e do déficit fiscal. Apropriadamente reunidos os PIIGS no charco comum. Amanhã será a incompatibilidade de se manterem em regime engordam suas dívidas com a moeda única. Parceiros separados pela angústia existencial de viabilizar condutos que os tirem do estrangulamento pela via da desvalorização urgente de uma moeda que se não lhes pertence isoladamente. Saudades da peseta, da lira pungente onde se embalavam orgias de gastos temerários. Escudos não faltavam. Agora buscam se escudar nas calendas gregas.

Mas voltando ao articulista, que não faz jus à piada pois sai da teoria e coloca os pés no chão estocando, embora superficialmente, no que tem razão: a forma temerária com que o governo do Messias irresponsavelmente gasta o dinheiro público e que poderá nos causar sérios danos.

Principalmente se pessoas despreparadas intelectualmente e curtidas na arbitrariedade de práticas delituosas no passado encastelam-s e no aparelhamento brutal e se tornaram ao longo do tempo dirigentes prepotentes. Escondem nos cargos chegados ao acaso, para se tornarem dirigentes do país de maioria imbecil que bate palma para garganteadores ungidos por uma descomunal hipocrisia e conteúdo maior de sorte. Ou este não foi o maior governo da política do laissez-faire nunca dantes vista nesse país e que se apoderou da semeadura árdua e entre tormentas de governos anteriores?

É muito fácil aproveitar frutos de gestões anteriores a absorver a autoria. Voyeurs da política imunda que tomou conta do país e produziu mensalões, Gamecorp, Renanvãs, Arrudas e um infernal número de marginais políticos que infestam o congresso tornado casa de tolerância maior.

Quem acredita no atual governo e seus despreparados ou é imbecil ou mal intencionado.

È como os políticos atuais: ou são corruptos ou são omissos e assim precavaricam devendo ser todos sem excessão perderem os mandatos.

Quem tem Dilma e Celso Amorim vicejando com líderes e trombeteando asneiras pelo ar, pelos cotovelos e recebendo encômios só pode ser colecionador de estultícias. Há muita indulgência. A imprensa escreve bem, tem articulistas bem comportados. Mas peca pela docilidade e preço baixo com que engole espécimes em liquidação como os remanescentes deste triste porém endeusado governo.

SOBRE UM ARTIGO DE MÁRCIO GARCIA

Artigo de Giuseppe Brandoni




Mas voltando ao artigo e no que tange à regulação do sistema financeiro, o articulista foi tão generoso quanto inconseqüente. Não havia regulação, sobretudo da CVM sempre presente na perseguição dos pequenos e deixando ao relento as questões de vulto. A CVM, com seu corpo inchado de advogados e técnicos, desconhecia as práticas das operações target forward que depois de inundar os USA e a Europa, aterrissaram entre nós deixando de repente ao desamparo e reféns de bancos estrangeiros e uns poucos daqui, as manobras de um contrato absolutamente espúrio e ilegal. E que lamentavelmente são até hoje praticados nas gavetas de bancos que se valeram do artifício para tungar desavisados ou coniventes. Quem salvou a Aracruz e a Sadia foi o generoso BNDES por onde já passou o colega do livro propagandeado e que eu espero, revele com mais exatidão o que se passou nos escaninhos da crise tsunâmica que a imprensa e alguns economistas de bancos esconderam do grande público. Quem nos salvou da contaminação destas operações foi a letargia dos bancos brasileiros para assumir riscos de uma operação que se não tivesse uma perna manca a favor do sistema bancário não seria por estes efetivadas. Não foi a regulação tão decantada em prosa e verso pelo autor e sim a sorte de termos o nosso Deus e Messias protegendo o sistema financeiro.

A favor desta tese note-se e é palpável que a letargia dos bancos para emprestar diante da crise foi tão gritante que mesmo com as medidas de afrouxamento e incentivo do governos os bancos privados continuaram renitentes propiciando a que os nossos dirigentes fizessem suas escaramuças de ajuda desbragada por meio de generosos e nunca vistos neste país, expedientes expeditos de concessão de empréstimos para grandes grupos.

O PSDB, lastimável partido que já abrigou intelectuais de cepa e brilho, realmente carece hoje de inteligências, para não saber neutralizar a campanha do governo de gargantear quando a onda de desfaçatez e a perdulariedade do atual governo esfacelou a Petrobrás na proteção à petroquímica da Odebrecht. O amparo que protegeu - via BNDES - a Telemar (uma empresa endividada e prestes a ruir) do caso Gamecorp que tantas fazendas e dinheiro rendeu ao rebento presidencial. A compra do controle, sem o controle do Banco Votorantim, um dos maiores perdedores das operações de derivativos graças à impudência e ignorância esperta de seus operadores, até atingir a Aracruz e dizimar os investidores e empregados da maior fabricante e de menor custo de celulose Kraft do mundo e uma série interminável de casos que conduzirá ao uso em última instância das reservas do país para salvar o BNDES.

Será que o patriota de origem argentina que tanto fala de aposentadoria e que conhece bem o banco, toca nisto?

Há curiosidade, pode estar certo o autor do livro, em quanto ao teor da publicação, sobretudo do tema das operações e contratos de derivativos.

Espera-se, sobretudo, que não haja complacência com os bancos, o Banco Central, o BNDES e a CVM, esta guardiã de frontispício do mercado e de seus agentes.

Realmente quando dois economistas se reúnem há de se temer o que intentam disseminar.

Melhor ser independente do que vender a alma ao diabo principalmente às vésperas da eleição do sucessor de sua eminência o Messiânico.



Giuseppe Brandoni

Economista, cientista político, especialista em PMO,

Afinador de violinos na Recoleta e torcedor do Vélez.

PS>: É preciso parar de louvar os imbecis que falam pelo traseiro e como papagaios de pirata vão nos impingindo pessoas despreparadas para dar sequência às suas estripulias. A sorte um dia acaba e esta está durando demais e custando o que deveria nos ser mais caro: o futuro.